Tekst piosenki 'Fábrica de Monstros' wykonawcy Apologia do Gueto

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Pode chorar sistema o pesadelo voltou
Renascido do inferno ré sou porta voz do terror
So mais um monstro criado odio na veia injetado
Tatuagem carimbo pronto pro arregaço sou consequencia da fome de nao
Ter nada no prato so mais um brasileiro nascido em algum barraco
Sem fralda ou leite ninho por sorte nao abortado aqui as chuvas de bala
Regam jardins de finados sou a voz de socorro do muleque noiado
Ou do mano de glock te dando voz de assalto tem mais velorios aqui
Do que aniversarios corpos desfigurados sem decompondo no mato
E com maes que choravam por filhos que nao voltaram ou se encontram em
Presidios presos trancafiados eu sou preto favela cantor de rap o alvo terror da
Playboyzada com meu verso sanguinario

Sejam todos bem vindos apresento a nossa fabrica
Movida a odio e sangue nao tem descanço nao para
A cada monstro criado e mais um corpo sem alma
Nascido sem coraçao que na revolta te mata

Aqui em fortaleza varias quebradas e assim
Cotidiano violento resulta num triste fim
Periferia zona norte bairro planalto pici
Tambem nao e diferente jurema e bom jardim
Finado regis e berguim varios se foram mais cedo
Mortos covardemente pra mim eternos guerreiros
Em cada rosto uma lagrima e uma saudade que fica
So prevejo vingança na terra da injustiça
Sociedade egoista pra classe pobre nao liga
Nao passamos de numeros chamados de estatisticas
Aqui eu so existo quando mato a vadia
Ou quando enquadro seu carro e atiro no parabrisa
Levo sua joia e dinheiro e que se foda a policia
Que nao da segurança so da ibope pra midia
Que lucra com nosso sangue na exibiçao da noticia
Propagandas de monte pra atrair o turista
Que exploram a milhao aqui as nossas meninas
Mercadoria barata se encontra em qualquer esquina
Se vendendo por droga ou um prato de comida
Com 12 anos de idade e a inocencia perdida
Realidade e cruel aqui nao e ficticia
Se eu narro a verdade em falo em minhas rimas
Justiça vem e sensura meu crime apologia
Querem me ver de algema nao caio na armadilha
Jamais vou me omitir sou kamikaze suicida
Mesmo que pague o preço com sangue ou minha vida
Ao senhor desde ja peço minha proteçao
Me livrai do caminho do oitao e da detençao
Demonio atenta na mente tomai minha direçao
Pra que eu nao vire o santinho em forma de oraçao
Os inimigos me invejam e sonham com meu caixao
Enquanto eu respirar minha voz vai ta em açao

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