Capítulo 4 Versículo 3 to piosenka Rap Na Fita, której tekst ma niezliczone wyszukiwania, dlatego zdecydowaliśmy, że zasługuje na miejsce na tej stronie internetowej, obok wielu innych tekstów piosenek, które użytkownicy Internetu chcą poznać.
60% Dos jovens de periferia sem antecedentes criminais já sofreram violência policial
A cada quatro pessoas mortas pela polícia, três são negras
Nas universidades brasileiras, apenas 2% dos alunos são negros
A cada quatro horas um jovem negro morre violentamente em são paulo
Aqui quem fala é primo preto, mais um sobrevivente
Minha intenção é ruim, esvazia o lugar!
Eu tô em cima, eu tô a fim, um dois pra atirar!
Eu sou bem pior do que você tá vendo
Preto aqui não tem dó, é cem por cento veneno!
A primeira faz: bum!, a segunda faz: tá!
Eu tenho uma missão e não vou parar!
Meu estilo é pesado e faz tremer o chão!
Minha palavra vale um tiro, eu tenho muita munição!
Na queta ou na ascensão, minha atitude vai além!
E tem disposição pro mal e pro bem!
Talvez eu seja um sádico ou um anjo
Um mágico ou juiz, ou réu
Um bandido do céu!
Malandro ou otário, padre sanguinário!
Franco atirador se for necessário!
Revolucionário ou insano. Ou marginal!
Antigo e moderno, imortal!
Fronteira do céu com o inferno!
Astral imprevisível, como um ataque cardíaco do verso!
Violentamente pacífico!
Verídico!
Vim pra sabotar seu raciocínio!
Vim pra abalar o seu sistema nervoso e sanguíneo!
Pra mim ainda é pouco, brown cachorro louco!
Número um guia terrorista da periferia!
Uni-duni-tê, eu tenho pra você
O rap venenoso é uma rajada de pt!
E a profecia se fez como previsto
Um nove nove sete, depois de cristo
A fúria negra ressuscita outra vez
Racionais, capítulo 4 versículo 3
Aleluia (hamm) aleluia
Racionais!
No ar, filhas da puta! Pá! Pá! Pá!
Faz frio em São Paulo, pra mim tá sempre bom!
Eu tô na rua de bombeta e moleton!
Din-din-don, rap é o som, que emana do opala marrom!
E aí
Chama o Guilherme, chama o Vanio, chama o Dinho
E o Di, Marquinho chama o Éder vamo aí
Se os outros manos vêm, pela ordem tudo bem!
Melhor, quem é quem, no bilhar no dominó
Colou dois mano
Um acenou pra mim
De jaco de cetim
De tênis calça jeans
Hey Brown, sai fora, nem vai
Nem cola!
Não vale a pena dar ideia nesse tipo aí
Ontem à noite eu vi, na beira do asfalto
Tragando a morte, soprando a vida pro alto!
Aos caras só o pó pele e osso, no fundo do poço
E mais flagrante no bolso!
Veja bem, ninguém é mais que ninguém, veja bem
Veja bem e eles são nossos irmão também
Mas de cocaína e crack, whisky e conhaque
Os manos morrem rapidinho sem lugar de destaque!
Mas quem sou eu pra falar de quem cheira ou quem fuma
Nem dá
Nunca te dei porra nenhuma!
Você fuma o que vem, entope o nariz!
Bebe tudo o que vê!
Faça o diabo feliz!
Você vai terminar tipo o outro mano lá, que era preto tipo a
Ninguém entrava numa, mó estilo!
De calça Calvin Klein, tênis Puma
É, o jeito humilde de ser, no trampo e no rolé
Curtia um funk, jogava uma bola
Buscava a preta dele no portão da escola
Um exemplo pra nós, maior moral, mó ibope!
Mas começo cola com os branquinhos do shopping
Ai já era
Ih! Mano, outra vida, outra pique!
E só mina de elite, balada e vários drinks!
Puta de butique, toda aquela porra!
Sexo sem limite, Sodoma e Gomorra!
Hã, faz uns nove ano
Tem uns 15 dias atrás eu vi o mano
Cê tem que ver, pedindo cigarro pro tiozinho no ponto
Dente todo zoado, bolso sem nem um conto!
O cara cheira mal, a sinhá sente medo!
Muito louco de sei lá o quê, logo cedo!
Agora não oferece mais perigo
Viciado, doente e fudido, inofensivo!
Um dia um PM negro veio me embaçar
E disse pra eu me por no meu lugar
Eu vejo mano nessas condições não dá
Será assim que eu deveria estar?
Irmão, o demônio fode tudo ao seu redor!
Pelo rádio, jornal, revista e outdoor
Te oferece dinheiro, conversa com calma
Contamina seu caráter, rouba sua alma
Depois te joga na merda sozinho!
É, transforma um um preto tipo A num neguinho!
Minha palavra alivia sua dor, ilumina minha alma
Louvado seja o meu senhor!
Que não deixa o mano aqui desandar
Ah! E nem "sentar o dedo" em nenhum pilantra!
Mas que nenhum filha da puta ignore minha lei
Racionais capítulo 4 versículo 3!
Aleluia, aleluia
Racionais!
No ar filhas da puta! Pá!, pá!, pá!
Quatro minutos se passaram e ninguém viu
O monstro que nasceu em algum lugar do Brasil!
Talvez um mano que trampa debaixo do carro sujo de óleo
Que enquadra o carro forte na febre com sangue nos olhos!
O mano que entrega envelope o dia inteiro no sol
Ou o que vende chocolate de farol em farol!
Talvez o cara que defende o pobre no tribunal
Ou que procura vida nova na condicional
Alguém no quarto de madeira, lendo à luz de vela
Ouvindo o rádio velho, no fundo de uma cela!
Ou da família real e negro como eu sou
Um príncipe guerreiro que defende o gol!
E eu não mudo, mas eu eu não me iludo
Os mano cu de burro, eu tenho eu sei de tudo!
Em troca de dinheiro e um cargo bom
Tem mano que rebola e usa até batom!
Vários patrícios falam merda, pra todo mundo rir!
Haha! Pra ver branquinho aplaudir!
É... Na sua área tem fulano até pior!
Cada um, cada um
Você se sente só!
Tem mano que te aponta uma pistola e fala sério
Ou explode sua cara por um toca fita velho!
Click! Plau! Plau! Plau! E acabou!
Sem dó e sem dor
Foda-se sua cor!
Limpa o sangue com a camisa e manda se fuder!
Você sabe porque, pra onde vai, pra quem vai
De bar em bar, de esquina em esquina
Pegar 50 conto, trocar por cocaína
E fim! O filme acabou pra você!
A bala não é de festim! Aqui não tem dublê!
Para os manos da baixada fluminense à Ceilândia
Eu sei. As ruas não são como a Disneylândia!
De Guaianases ao extremo sul de Santo Amaro
Ser um preto tipo A custa caro!
É foda!
Foda é assistir a propaganda e ver
Não dá pra ter aquilo pra você
Playboy forgado de brinco o trouxa
Roubado dentro do carro na avenida Rebouças!
Correntinha das moças
Madame de bolsa, dinheiro
Não tive pai, não sou herdeiro
Se eu fosse aquele cara que se humilha no sinal, por menos de um real
Minha chance era pouca
Mas se eu fosse aquele moleque de touca
Que engatilha e enfia o cano dentro da sua boca
De quebrada
Sem roupa, você e sua mina
Um, dois! Nem me viu! Já sumi na neblina!
Mas não
Permaneço vivo, prossigo a mística!
27 Ano, contrariando a estatística!
Seu comercial de TV não me engana
Hã! Eu não preciso de status nem fama
Seu carro e sua grana já não me seduz
E nem a sua puta de olhos azuis!
Eu sou apenas um rapaz latino americano
Apoiado por mais de 50 mil mano!
Efeito colateral que seu sistema fez
Racionais, capítulo 4 versículo 3!
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