Um sambinha rente, como a gente, esquentando a frente da bateria
Agogôs ganzás sem vacilá, dão o colorido na avenida
Uma batucada alta pra nossas almas dançarem apaixonadas nas alegorias
Com os orixás, e ancestrais que comandam o ronco das cuícas
A mulher mais rica, pobres, sodomitas repicando as ancas com maestria
Nobres presidentes, rebeldes e tenentes matam toda a sede hoje é alforria
Venha minha gente, nesse samba quente, vem que é carnaval
Se misture, beba pule grite, porque logo volta tudo ao normal
Quando toca o Samba enredo, afastando o desespero
De um mundo desigual que é normal pós carnaval
No desfile os corações acompanham os graves surdos
Mas chega a quarta-feira a e a ressaca seca tudo
E aquele que amei hoje já não mais o sei
Começou mais um ano, vamos aumentar os ganhos
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